Hugo Soares

Lentes de Contato - não me adaptei

Para mim, uma pessoa que cresceu nos anos 2000, lentes de contato sempre foram algo especial. É um biohack que você coloca no seu corpo e consegue habilidades especiais, quase que um aparelho de espião caro e sofisticado, e portanto, inacessível para mim.

Agora chegando quase aos meus 30 anos e com dinheiro de adulto percebi que elas não são tão caras quanto eu pensava, então resolvi testar. O primeiro dia foi maravilhoso, a questão da novidade me fez ignorar todas as inconveniências e ter uma visão 4k em todo meu campo de visão, e não apenas no limitado espaço emoldurado pelos óculos, foi muito interessante.

Nos próximos dias os problemas começaram a me incomodar mais. Limpar a lente é extremamente chato e burocrático. A mão não pode estar molhada, não pode secar a mao numa toalha, colocar a lente rápido e de primeira leva certa prática e nem sempre fica perfeito. Talvez eu relevasse isso tudo se a lente de fato ficasse boa no meu olho, mas eu sempre sinto que ela está me incomonado. No meu olho direito não sinto nada, é quase imperceptível, mas no esquerdo eu sinto que tem algo que não deveria estar lá.

O pior de tudo é quando a lente embaça, parece que não encaixou direito no olho, e eu preciso dar uma piscada forte para ela voltar no lugar. Depois disso a visão melhora consideravelmente, mas não por muito tempo...

Já pesquisei para ver se eu estava limpando errado, já comprei colírio para hidratar a lente, já fiz de tudo. Meu oftalmologista disse que eu nao tinha astigmatismo, então a curvatura da lente não seria um problema (ou seria? aceito dicas). Eu comprei as lentes mensais da Bausch+Lomb Soflens, mas quando elas acabarem vou testar as lentes gelatinosas da acuvue e espero ter um final feliz.